quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Guildas - Feudalismo

As Guildas foram formadas para conquistar a liberdade necessária à espansão do comércio. Um provérbio alemão prova que eles conseguiram o que queriam, "O ar da cidade torna um homem livre". Nos seculos XII e XIII muitas cidades tinam em sua constituição a cláusula semelhante a esta: "Quem residir um ano e um dia na paróquia de Lorrris, sem que qualquer reclamação tenha sido sua causa, ou a nosso preboste, pode aí permanecer livremente e sem ser molestado".

As populações das cidades também desejavam a liberdade da terra, queriam poder vender suas terras quando desejassem, sem ter que pedir permissão e pagar ao Senhor Feudal. A cidade de Lorris concedeu isto, "Qualquer cidadão que desejar vender sua propriedade terá o privilégio de fazê-lo".

Os cidadões também desejavam ter seus próprios tribunais, afinal, o que o Senhor Feudal entendia sobre comércio? E mesmo que soubesse, sempre utilizaria isso para seu benefício próprio.

A liberdade nas cidades não era consedida de uma só vez. O SF vendia seus direitos aos cidadões aos poucos, até chegar ao ponto de haver cidades quase que totalmente independentes. Quando os cidadões, guiados pelas guildas, lutavam contra os "poderosos", não o faziam em carater de revolução (derrubar o poder), eles lutavam apenas para que os Senhores mudassem x ou y costume feudal.

No inicio, as guildas eram constituidas por todos os que trabalhavam em certo ofício, independente se eram mestres artesãos, aprendizes ou jornaleiros. Eles lutavam pelo mesmo objetivo. Predominava a igualdade, o caminho a percorrer para se tornar de aprendiz a mestre estava ao alcance dos trabalhadores. As corporasões(guildas) também fiscalizavam os produtos dos seus integrantes, para garantir a qualidade destes, e determinavam as regras de cada ofício, como, por exemplo: "Ninguém que não tenha sido aprendiz e não tenha concluído seu termo de aprendizado do dito ofício, poderá exercer o mesmo"; "Nenhum estrangeiro trabalhará no dito ofício, se não for aprendiz, ou homem admitido à cidadania do dito lugar".

Estas regras mostram que as guildas buscavam o monopólio. Até mesmo os mendigos tinham suas guildas, que impediam que mendigos estrangeiros viessem mendigar em seu local mais do que dois dias por ano. 
Até mesmo a Igreja teve que seguir os regulamentos das guildas, e em 1498 os chefes da Igreja de São João, que desejavam fazer pão com trigo e fermento que cultivavam em suas terras, precizaram da aprovação da guilda dos padeiros, que a concederam.

É importante citar o justo-preço. As guildas determinavam o justo-preço, e nenhum dos participantes poderiam vender seus produtos por um preço maior ou menor, a fim de obter lucros. Naquela época, a Igreja influenciava o pensamento economico, então o justo-preço não poderia gerar lucro excessivo para o comerciante, ele não poderia ficar rico vendendo à preços-justos. Mas este conceito de preço-justo nao se enquadrava na economia do mercado grande, exterior e instável.

As guildas sofreriam modificações ao longo do tempo...

To be Continued..

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